Pesquisadores da Universidade do Texas em Austin, nos Estados Unidos, desenvolveram um novo método não invasivo.
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Que permite controlar e movimentar cadeiras de rodas elétricas usando apenas o poder do pensamento de pacientes paralisados.
Segundo os pesquisadores, essa interface cérebro-computador converte a atividade mental dessas pessoas.
Que não conseguem mover as pernas e os braços devido a lesões na coluna cervical, em ações de comando, como andar para frente ou para trás, para a esquerda ou para a direita.
“Com esse sistema, mostramos que pessoas que seriam os usuários finais desses dispositivos podem navegar em um ambiente natural, como um hospital, com uma interface que transforma pensamentos em ações”, explica.
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Professor engenheiro. José del R. Millán é o principal autor do estudo.
O poder do pensamento
Uma interface cérebro-computador registra a atividade cerebral do paciente em tempo real, enquanto um algoritmo de aprendizado de máquina converte impulsos cerebrais em comandos.
Este software de inteligência artificial (IA) “preenche” as lacunas que faltam para concluir os movimentos.
Em testes de laboratório, três pessoas com tetraplegia conseguiram usar uma cadeira de rodas em um ambiente aleatório.
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E bagunçado com notável sucesso. Dois deles foram capazes de mover unidades com até 98% de precisão.
“Funciona basicamente como um cavalo. O cavaleiro pode até mostrar ao animal para onde ir, virar à esquerda.
À direita ou entrar em uma porta. Mas o cavalo tem que encontrar a forma ideal e mais segura de cumprir esses comandos”, acrescenta o professor Millán.
Menos invasivo
Outra vantagem dessa nova abordagem é que equipamentos menos invasivos são usados para controlar a cadeira de rodas.
Em vez de uma bola de arame conectando a cabeça do usuário a um computador, os pacientes usam um boné coberto de eletrodos para registrar a atividade cerebral.
Os usuários simplesmente aprendem a visualizar a cadeira de rodas se movendo como se estivessem imaginando seus braços.
E pernas se movendo. Os sensores do assento interpretam essa função e o programa de inteligência artificial preenche as lacunas e torna o movimento muito mais seguro e preciso.
“Quando as pessoas estão gravemente feridas e paralisadas, o cérebro perde a capacidade de enviar comandos e criar movimento para o corpo.
No entanto, a mente permanece ativa e nossa interface de usuário pode registrar isso como se o cérebro estivesse falando com o corpo e não apenas ao computador.
Se treinarmos as pessoas por tempo suficiente, o nível de controle é importante, aumenta significativamente”, conclui o professor José del R. Millán.
*Fonte de pesquisa: Autoral