Uma menina com uma cauda de cerca de 6 centímetros nasceu no Brasil. Na obstetrícia, especialidade médica que trata da gravidez, o evento é considerado extremamente raro.
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Não havendo estatísticas mundiais de casos dessa doença. Menos de 200 casos de “cauda” em crianças foram descritos em estudos científicos.
Um caso bastante inusitado de nascimento de uma criança com rabo ocorreu no interior de São Paulo, próximo à cidade de Jundiaí.
De acordo com um relato de caso publicado no Journal of Pediatric Surgery Case Reports, um paciente tratado por médicos do Children’s Cancer Defense Group (Grendacc) Children’s Hospital teve sua cauda removida cirurgicamente.
Como era o rabo da boneca brasileira?
Conforme revelado pela equipe médica, foi possível detectar a presença de rabo em uma criança durante o pré-natal (pouco antes do nascimento).
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Não houve tais eventos na família, e a mãe não foi exposta a drogas durante a gravidez.
Após o nascimento, os médicos confirmaram uma cauda de 6 cm, coberta de pele, crescendo na região lombossacral.
De acordo com a equipe, a estrutura consistia em tecido adiposo “sem músculo, cartilagem ou osso visto na ressonância magnética”.
A “cauda” pode estar associada a outros problemas de saúde?
Oficialmente, o caso é descrito como uma pseudocauda humana associada à disrafia nuclear – condição que ocorre durante a gravidez, quando a coluna vertebral e a medula espinhal não se formam adequadamente.
Segundo os autores, a ligação entre as duas condições é relativamente comum. “Os apêndices caudais estão associados a outra malformação congênita em cerca de 30% dos casos, sendo os disrafismos os mais comuns”, explicam.
“Devido à raridade dessa anormalidade, é necessário o acompanhamento por uma equipe multidisciplinar para monitorar [outras] associações específicas.
Como disfunção da bexiga e resultados de longo prazo”, escrevem os pesquisadores. Por exemplo, uma criança nasce sem problemas neurológicos.
A menina, que hoje tem 3 anos, continuará a seguir os médicos se o seu estado melhorar. Além disso, a estrutura removida não afetou a capacidade de deambulação do paciente.
*Fonte de pesquisa: Journal of Pediatric Surgery Case Reports