A bipolaridade é um transtorno mental que afeta milhões de pessoas ao redor do mundo, caracterizando-se por mudanças drásticas no humor, energia e comportamento.
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Embora o termo “bipolar” seja frequentemente mal interpretado e associado a estereótipos, a realidade desse transtorno é muito mais complexa.
Compreender o que é a bipolaridade, como ela afeta a vida das pessoas e como podemos oferecer apoio é essencial para reduzir o estigma e melhorar a qualidade de vida dos indivíduos que convivem com esse transtorno.
O Que É a Bipolaridade?
Primeiramente, é importante entender o que significa ser bipolar.
O transtorno bipolar é caracterizado por episódios de humor extremado, alternando entre fases de depressão profunda e períodos de euforia ou mania.
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Esses episódios podem durar dias, semanas ou até meses, e a intensidade de cada fase varia de pessoa para pessoa.
Durante a fase depressiva, o indivíduo pode se sentir extremamente triste, desmotivado e sem energia.
Em contraste, durante a fase maníaca, a pessoa pode apresentar comportamento impulsivo, eufórico e, por vezes, perigoso.
Embora a alternância entre os episódios depressivos e maníacos seja uma das características mais notáveis do transtorno bipolar, é importante observar que o transtorno não se resume a esses dois estados.
Entre os episódios, a pessoa pode se sentir relativamente estável.
No entanto, o medo do próximo episódio pode ser constante e angustiante, já que a imprevisibilidade do transtorno pode afetar todos os aspectos da vida cotidiana.
O transtorno bipolar pode ser classificado em dois tipos principais: o transtorno bipolar tipo 1 e o tipo 2.
O bipolar tipo 1 é caracterizado por episódios maníacos severos, enquanto o tipo 2 envolve episódios hipomaníacos (menos intensos) e episódios depressivos.
Independentemente do tipo, ambos os quadros exigem tratamento adequado para garantir a qualidade de vida da pessoa afetada.
Os Sintomas e Como Eles Afetam a Vida Cotidiana
Os sintomas da bipolaridade são amplamente reconhecidos por sua oscilação entre dois polos de humor: a depressão e a mania.
No entanto, é essencial compreender que a intensidade desses sintomas pode variar bastante.
Durante um episódio depressivo, por exemplo, a pessoa pode experimentar uma falta de prazer em atividades cotidianas, dificuldades para concentrar-se e sentimentos de desesperança.
Em casos mais graves, a depressão pode levar a pensamentos suicidas.
Já durante a fase maníaca, os sintomas incluem aumento de energia, sensação de grandiosidade e impulsividade.
Muitas vezes, os indivíduos se envolvem em comportamentos arriscados, como gastar grandes quantias de dinheiro ou tomar decisões impulsivas que podem prejudicar a vida pessoal e profissional.
Esse comportamento é muitas vezes visto pelos outros como exagerado ou irracional.
Entretanto, para a pessoa que está no meio de um episódio maníaco, esses comportamentos podem parecer completamente lógicos e até desejáveis.
Além disso, é importante ressaltar que o transtorno bipolar não afeta apenas o humor, mas também a cognição.
Em muitos casos, a capacidade de tomar decisões racionais e equilibradas fica comprometida, o que pode levar a consequências negativas.
A pessoa pode, por exemplo, começar a acreditar que está invencível durante uma fase maníaca, ou se sentir incapaz de realizar até as tarefas mais simples durante uma fase depressiva.
Esses episódios podem interferir no trabalho, nos relacionamentos e na vida social.
As flutuações extremas de humor podem ser difíceis de entender para quem não tem experiência direta com o transtorno.
Como resultado, o indivíduo com bipolaridade pode se sentir incompreendido, o que agrava ainda mais o sofrimento.
Como o Diagnóstico é Feito?
O diagnóstico do transtorno bipolar é feito com base na observação dos sintomas apresentados pelo paciente.
Não há exames laboratoriais específicos que possam identificar a bipolaridade, mas um profissional de saúde mental, como um psiquiatra ou psicólogo, pode avaliar os sintomas e o histórico clínico do indivíduo para chegar a um diagnóstico adequado.
É importante destacar que o transtorno bipolar pode ser confundido com outras condições de saúde mental, como a depressão unipolar ou o transtorno de ansiedade, especialmente porque muitos dos sintomas podem se sobrepor.
Por isso, é essencial que o diagnóstico seja feito por um profissional qualificado, que possa descartar outras condições e entender a fundo o comportamento do paciente.
A partir do diagnóstico, o tratamento geralmente envolve uma combinação de medicamentos e terapia.
Os medicamentos, como os estabilizadores de humor e os antidepressivos, ajudam a controlar os episódios maníacos e depressivos.
Além disso, a terapia cognitivo-comportamental (TCC) pode ser útil para ajudar a pessoa a lidar com os desafios emocionais e sociais associados ao transtorno bipolar.
Fonte de informação: brasil.mongabay.com