Um grande passo para o futuro da energia limpa foi dado graças aos resultados de experimentos realizados por cientistas americanos. Pela primeira vez na história da humanidade.
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Eles conseguiram obter energia por meio do processo de fusão nuclear. O governo dos EUA deve anunciar oficialmente os resultados amanhã.
O uso da tecnologia nuclear para produzir energia não é novidade, mas o processo pelo qual as usinas operam hoje é a fissão nuclear, que é a divisão do núcleo de um átomo.
Pela primeira vez, no entanto, a energia foi obtida por fusão, ou seja, conectando dois núcleos.
Essa é a mesma reação que acontece no sol, que combina átomos de hidrogênio para formar átomos de hélio que liberam energia que chega à terra.
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Os cientistas tentam replicar o fenômeno desde a década de 1950, mas sem sucesso.
Ninguém conseguiu colocar mais energia na reação do que foi consumido. Diz-se que nunca houve um “ganho líquido de energia” antes disso porque o saldo é sempre negativo.
A descoberta no Lawrence Livermore Laboratory, na Califórnia, é um grande passo em direção à energia limpa, segura e quase infinita.
Como ocorre a fusão nuclear
A tecnologia utilizada envolve o bombardeio de partículas de hidrogênio com o maior laser do mundo.
Os microbursts criados no processo liberam o calor capturado como energia.
A energia utilizada aumentou 20%, o que foi cerca de 0,4 megajoules ou 0,11 kWh em escala experimental.
O valor ainda é pequeno e é necessário mais trabalho e desenvolvimento técnico para uso generalizado.
Embora alguns cientistas acreditem que a humanidade esteja a décadas de distância deste momento, essa conquista histórica aponta para um futuro promissor.
As instalações da National Ignition Facility custarão ao governo dos EUA aproximadamente US$ 3,5 bilhões.
No ano passado, o laboratório já havia conseguido produzir energia de fusão nuclear, que equivalia a 70% da energia usada em lasers.
*Fonte de pesquisa: Ars Technica