A palavra premium aparece em quase todos os lugares.
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Em embalagens, anúncios, serviços e até em aplicativos de celular. Afinal, tudo parece ser “premium” hoje em dia.
Mas será que sabemos, de fato, o que essa palavra quer dizer?
Será que o que é vendido como premium entrega mesmo um valor superior?
Ou será que estamos diante de mais uma jogada de marketing?
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Antes de mais nada, é importante entender que premium não significa apenas caro.
Nem tudo que custa mais oferece mais valor. E, da mesma forma, nem tudo que é acessível é de baixa qualidade.
Portanto, precisamos ir além do preço para compreender o real significado do que chamamos de “premium”.
Neste texto, vamos explorar de forma profunda, porém acessível, o que está por trás dessa ideia.
Além disso, vamos refletir sobre como o conceito de premium afeta nossas escolhas, nossos desejos e até nossa autoestima.
O que é, afinal, um produto premium?
Muita gente acredita que um produto premium é simplesmente algo mais caro.
Contudo, essa visão é limitada. Um produto premium, antes de tudo, oferece algo a mais — seja na qualidade dos materiais, na experiência do cliente, no design, na durabilidade ou até na história que ele carrega.
Por exemplo, pense em um chocolate artesanal.
Ele pode custar o dobro de um chocolate comum.
Mas, além do sabor diferenciado, pode trazer ingredientes orgânicos, produção sustentável, embalagem ecológica e até uma história de apoio a pequenos produtores.
Nesse caso, o “premium” não está apenas no preço, mas em toda a experiência envolvida.
Além disso, o conceito também se aplica a serviços.
Um atendimento atencioso, um ambiente confortável, um suporte pós-venda eficiente — tudo isso compõe uma experiência premium.
E, nesse cenário, o cliente não paga apenas pelo produto, mas por tudo que o cerca.
A diferença entre valor e preço
É comum confundir valor com preço. No entanto, os dois caminham juntos, mas não significam a mesma coisa.
O preço é objetivo: um número. Já o valor é subjetivo: depende de como cada pessoa percebe o que está recebendo.
Portanto, um produto pode custar caro, mas não ter valor para alguém.
E, por outro lado, algo simples pode ter um valor enorme, dependendo da experiência que proporciona.
Nesse contexto, um item premium não precisa ser inacessível.
Se ele entrega uma experiência memorável, um cuidado especial, um diferencial que realmente importa, seu valor pode justificar o investimento.
Assim, mais importante do que o preço, é a sensação que aquilo gera.
Além disso, o valor percebido muitas vezes se constrói com detalhes.
Um café servido com carinho, uma mensagem escrita à mão, um toque de personalização.
Esses elementos, embora pequenos, fazem a diferença e tornam uma experiência comum em algo memorável.
Premium como símbolo de status
Apesar de todo esse contexto de experiência e valor, também é verdade que o conceito de premium muitas vezes se conecta ao status.
Ou seja, muita gente compra produtos premium para mostrar algo: poder, bom gosto, exclusividade.
Enquanto isso, a sociedade reforça essa ideia o tempo todo.
Comerciais, redes sociais, influenciadores.
Todos apresentam o premium como algo reservado a poucos, como um sinal de sucesso. E, aos poucos, essa lógica se infiltra em nossas escolhas.
Por outro lado, isso pode criar uma pressão desnecessária.
Muitas pessoas acabam se endividando para manter uma imagem, para estar dentro de um padrão, E, com isso, o consumo se torna mais uma fonte de ansiedade do que de prazer.
Portanto, é importante refletir: estamos comprando algo premium porque realmente valorizamos o que ele oferece? Ou estamos buscando aceitação, reconhecimento, pertencimento?
O premium acessível: será possível?
Com o avanço da tecnologia e a mudança de comportamento do consumidor, muitos serviços e produtos premium se tornaram mais acessíveis.
Aplicativos oferecem versões com preços baixos.
Marcas criam linhas especiais com diferenciais que cabem no bolso. E, além disso, cresce a busca por experiências premium que não dependem só de dinheiro.
Por exemplo, um serviço de streaming com conteúdo exclusivo pode custar poucos reais por mês e ainda assim entregar um valor imenso para quem consome. Nesse caso, o “premium” está na curadoria, na ausência de anúncios, na praticidade.
Além disso, muitas empresas passaram a entender que qualidade e cuidado podem estar presentes mesmo em produtos populares.
Um bom exemplo disso são cafeterias independentes, pequenos negócios, marcas artesanais.
Com foco no cliente, atenção aos detalhes e paixão pelo que fazem, essas empresas conseguem oferecer experiências sem elitismo.
Fonte de informação: brasil.mongabay.com